
Matéria escrita para o site do Correio do Povo em agosto de 2018
O cinema e o circo possuem o compromisso de levar a fantasia para aqueles que o assistem. Foi pensando nesta mistura que o diretor Cacá Diegues realizou O Grande Circo Místico, exibido na abertura do 46º Festival de Cinema de Gramado, como uma homenagem a esta arte popular que aprecia desde da sua infância. “Toda a minha formação dramatúrgica começou no circo”, afirmou.
“O circo é uma forma de você ver o mundo de outra maneira. Através do riso, da experiência, e o cinema também, de certo modo, é isso. O cinema é filho do circo”.
O papel feminino tem um fator especial em O Grande Circo Místico. Segundo Diegues, a proposta de colocar o protagonismo nas mãos de várias mulheres foi uma forma mostrar a força delas dentro de uma família. “Eu não tenho pretensão de achar este filme feminista, mas claro que ele é um filme sobre mulheres que conduzem o filme. Esta condução é sempre enfrentando as interdições masculinas”, explicou.
O amor também é outro papel importante para Cacá Diegues neste filme. “A família existiu em torno disso mesmo, do amor pelo circo, o amor um pelo outro, às vezes trouxa, em outras torto. O filme também foi feito com muito coração também”, brincou.