O casamento de Grace Kelly e o príncipe Rainier III foi considerado um conto de fadas na vida real quando aconteceu, em 1956. Entretanto, cinco anos mais tarde e com dois filhos, a verdade é que Grace está insatisfeita com a vida no palácio e o distanciamento do marido. A chance de novamente sentir-se útil surge quando seu velho amigo, o diretor Alfred Hitchcoc, a convida para retornar ao cinema como protagonista de seu próximo filme: “Marnie – Confissões de uma Ladra”. O problema é que Rainier é terminantemente contra e, ainda por cima, está envolvido com uma ameaça vinda do presidente francês Charles de Gaule (André Penvern). Em meio às inevitáveis tensões, Grace e Rainier buscam resolver seus problemas tentando evitar que eles causem o divórcio. Fonte: AdoroCinema
Sempre adorei contos de fadas. Um príncipe encantado e um castelo de alguma forma sempre atrairão os olhares das meninas. E comigo não foi diferente. Porém sempre preferi as princesas da tela grande, mas de uma época diferente. Elizabeth Taylor, Marilyn Monroe, Bette Davis, Ingrid Bergman, Marlene Dietrich, Greta Garbo e Audrey Hepburn são as princesas que eu mais quero imitar/ser quando crescer. E uma delas conseguiu a tal façanha de se tornar uma princesa na vida real. Grace kelly casou-se com o príncipe de Mônaco, Rainier III, em 1956. Iniciando o tal badalo em casamentos reais que acontece hoje em dia, principalmente pelo fato dela ser uma atriz em grande ascenção na época em Hollywood. Musa absoluta do mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Atuando em filmes como Janela Indiscreta (1954), Disque M Para Matar (1954) e Ladrão de Casaca (1955).
E foi esse conto de fadas virou motivo para muitos imaginarem o que poderia vir acontecer nessa história. E foi o que o diretor Oliver Dahan diz na cartela inicial do filme: “O filme a seguir é um relato fictício inspirado em fatos reais”. Então nem tudo que iremos ver de fato aconteceu, ele apenas quis usar a sua criatividade. E criou uma fanfic.
Chegamos com Alfred Hitchcock (Roger Ashton-Griffiths) no castelo da realeza de Mônaco com uma proposta para que Grace Kelly (Nicole Kidman) volte a atuar em seus filmes. Claro que o convite a atrai muito, principalmente por ser tratar de Marnie – Confissões De Uma Ladra, um dos seus melhores trabalhos (se é que tem como eleger um ruim do diretor). Onde a protagonista é uma ladra frígida com vários tormentos guardados de sua vida. E com o aval do marido, o principe Rainier III (Tim Roth) a princesa de Mônaco fará de tudo para voltar a ser a princesa de Hollywood. Porém nem tudo é um mar de rosas. Infelizmente, muitos pauzinhos rolarão para que a volta de Grace Kelly aos cinemas não aconteça. Fazendo com que a atriz entre em grande conflito pessoal. Além deste drama, Rainier também tem que salvar o seu governo de uma possível derrota em questões políticas de Mônaco e França. Não vamos enrolar muito aqui pois quando o assunto é política, prefiro não me manifestar.
O centro da história é o balanço pessoal de Grace que está infeliz na sua posição em Mônaco e de quando achou que seria possível ter o melhor dos dois mundos (oi Hannah Montana). É quando descobre que está prestes a encenar o maior papel da sua vida. E é exatamente o que ela faz.Tudo é limpo e conspirado a favor. Até que ela consegue resolver tudo com um discurso em um baile onde todos estão reunidos e firmam a paz mundial. (brinks) “Já que não vou pra Hollywood, pode deixar que arrumo essa bagunça que Mônaco está”. Não desse jeito esdruchulo como descrevi o momento,tudo foi planejado e executado graciosamente como Grace era.
Grace de Mônaco nada mais é do que um conto de fadas que continua sendo conto de fadas. Pois por mais que alguns eventos sejam baseados em fatos reais, não é em vão que Oliver Dahan praticamente embeleza tudo. Desde dos momentos de desabafo até a jornada de Grace para se tornar fielmente uma princesa daquele lugar. Pois na verdade, por algum momento, ela ainda achava que estava de passagem, até que uma hora caiu a ficha de ia ter que mergulhar na história, cultura, costumes e o que mais tiver por lá para não ser uma mera ilustração de realeza.
Nicole Kidman está bem no papel. Convence e esbanja toda a classe e franqueza que Grace Kelly tinha. E ninguém mais poderia interpreta uma atriz de ouro que nem Kelly era, se não, alguém que seja da era de ouro de Hollywood atualmente. Tim Roth, seu marido, interpreta o próprio marido chato e ausente que aparenta ter casado por aparências. Mas que no final, até ele se rende pela princesa.
Apesar dos estereótipos visíveis, Grace de Mônaco não é um filme com algum aprofundamento na vida pessoal de Grace ou em qualquer outra coisa. Infelizmente nos deixa com a sensação de que já vimos e ouvimos muito dessas historinhas antes de dormir. Mas acaba dando certo por deixar nós, relos mortais, esperançosos pelo nosso final feliz.