Irving Rosenfeld é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser. Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI, infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito. Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn, aparecer e mudar as regras do jogo. Fonte: Adoro Cinema
Vamos de novo babar o ovo de Christian Bale? Foram poucos os filmes que assisti de Bale que eu considerava mais ou menos. Mas quando ouvi falar de Trapaça, a mais nova parceria entre Bale e David. O. Russell, depois de O Vencedor, eu já estava esperando mais uma produção fodástica. Ainda mais porque trazia Jennifer Lawrence, Bradley Cooper e ninguém menos que Amy Adams juntos no longa. E eu mais do que nunca, contava nos dedos e ansiava pela a chegada de Trapaça, pra poder ver Christian Bale arrasando como sempre. E não vou mentir, Bale dá um show de interpretação. Aqui ele não tá todo serião ou sofrido, como estamos acostumados a ver em seus últimos trabalhos. O ator está muito engraçado e com todo o profissionalismo que carrega, deixa o seu personagem, Irving Rosenfeld, disparado como o melhor em cena.
Irving é um canastrão que vive por aí loucamente com suas “trapaças” ao lado de sua parceira Sydney Prosser (Amy Adams) até ser pego pelo adepto do permanente agente do FBI, Richie DiMaso (Bradley Cooper). E para tentar amenizar a situação da dupla, Richie sugere que eles o ajudem no caso de corrupção e mafiosos, e entre os bandidos, está o político Carmine Polito (Jeremy Renner). E tudo vai caminhando tudo bem, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence) aparecer e querer causar um pouquinho. Com tamanho elenco, era de se esperar algo muito bom. Roteiro inteligente, montagem ligeira, narrativa envolvente e boas piadas, pelo menos pra quebrar o gelo. Mas de novo, ficamos a ver navios.
Trapaça tenta, mas não vai além de nos “trapacear” no enredo. Ele peca por demorar tanto e ter tanta coisa pra ser contada em tela. É tanta firula que tu não vê a hora de ter algum tipo de reação (ou emoção?). De novo, só não durmi, porque era Bale estrelando.
Amy Adams, amante e colega de Irving, é outra que rouba a cena. Aqui, deve ser o papel mais sensual que a atriz interpreta. Com belíssimos decotes e vestidos muito bem adotados no seu corpo, Amy se entrega como sempre faz em seus papéis e nos convence fielmente como a vigarista que só quer se dar bem e viver a sua vida. Tem cenas pra lá de sexys com o Cooper na boate, ao som de Diana Ross e tudo que tem direito pra deixar o ar setentista.
Bradley Cooper está bem como o chato agente do FBI que quer pegar a Sydney e terminar o expediente mais cedo. Não é a toa tudo que sofre no final. Mas não é nada que valha a suas indicações a todas as premiações da temporada. Seu papel em O Lado Bom da Vida, do ano passado, é bem mais interessante do que o morno Richie.
Jennifer Lawrence é apenas atriz coadjuvante do enredo. Mas vamos falar sério agora. Sim, ela é uma excelente atriz. Ela consegue ser uma maluca aqui e depois ser a heroína Katniss em Jogos Vorazes. Porém, ser a queridinha da América, não é motivo pra ganhar tantos prêmios por um papel que nem é tão relevante assim. Ela é engraçada, abusada e gritona sim como Rosalyn. Tem seu charme, claro. Mas mesmo assim, não desce. Ainda mais, porque acredito se o papel dela e de Amy Adams fossem trocados, o filme ganharia MUITO. Afinal de contas, como é possível acreditar que uma mulher jovem como Rosalyn, seria esposa de um tiozão e mãe de um guri de 10 anos, assim, do nada? Ela convence, mas de um modo geral, Jennifer exagera e ela ganha a simpatia de todos, por ser essa mulher louca. Como foi, no filme já citado, O Lado Bom da Vida. (2013)
Trapaça sabe vender seu peixe muito bem. Com grande elenco, que segura as pontas, o filme sabe realmente como enganar o público. Uma pena que não seja tudo aquilo que eu estava esperando, entretanto, não se pode dizer que é um filme ruim. Só podia ser melhorzinho.