Eu sou muito fã de RuPaul’s Drag Race e isto qualquer um pode perceber em dois segundos de stalker em qualquer rede social. Mas a verdade é que o programa se tornou uma janela incrível para os fãs do próprio RuPaul terem a chance de conhecerem outras drag queens com diversos talentos. Entre elas estão as queens que seguem carreira musical. Assim como o RuPaul que tem diversos álbuns e se diverte com as suas músicas, diversas ex-participantes do reality show aproveitaram o embalo e engataram a divulgação para investirem neste sonho de se tornarem uma drag queen pop star. Assim foi com Sharon Needles, Jinkx Moonson e Trixie Mattel que são algumas que já lançaram discos bem bonitinhos, além de outras que estão apostando aos poucos com singles como Detox, Shangela e Aja.
No Brasil, Pablo Vittar não precisou de um programa na televisão para revelar o seu trabalho musical, mas conseguiu assumir o posto de pop star no cenário brasileiro. E com isso, abriu as portas para outras artistas drag queens aparecerem e ganharem também o seu espaço. Com isso, resolvi separar algumas das minhas cantoras favoritas visto que a cultura drag queen está se tornando pop de modo geral graças à internet. Aqui é possível ter maior conhecimento sobre a cultura LGBTQ+ em blogs, Youtubers, Instagramers e com isso aprender mais sobre esta maravilhosa e divertida arte de ser drag queen.
Começando com uma das minhas favoritas do programa, Alaska Thunderfuck. O estilo musical da ex-participante da 5ª temporada e vencedora do All Stars 2 é o tradicional pop dançante, mas as suas letras são palhaçadas atrás da outra. Porém, o que torna tudo isso único é a pretensão que ela dá em cada canção. As músicas são a pura tradução de quem é Alaska Thunderfuck: sarcástica, moderna e totalmente louca.
Agora pulando da água para o vinho, Adore Delano. Ela, que foi uma das finalistas da 6ª temporada e aguentou apenas um episódio e meio do All Stars 2, tem o maior contraste com as outras queens cantoras. Seu último álbum, Whatever, assume a veia grunge que incorpora muito o estilo da Adore. Desde da sua primeira participação em Drag Race, ela foge do glamour esterótipo e expressa a rebelde que vive dentro dela. E eu não poderia amá-la ainda mais pela sua atitude punk e dramática.
Confesso que Blair St. Clair foi a minha maior surpresa na 10ª temporada de Drag Race. Eu apostei que ela seria uma das primeiras eliminadas, mas ficou o bastante para me conquistar. E logo após a sua eliminação, Blair divulgou o seu primeiro single e o lançamento do seu primeiro álbum será nesta sexta-feira (29). Mas o que deu para perceber é que as músicas de Blair serão a mistura do pop clássico com o frescor juvenil para ficar grudado na gente.
Shea Couleé não tem um álbum completo, mas tem singles poderosos. Se na 9ª temporada ela demonstrou que tem talento de sobra – apesar do Lipsync for the Crown – na música não poderia ser diferente. Ao contrário das queens anteriores, Shea transita entre o rap e o hip hop nas suas músicas, e isto a torna tão especial no gênero. Ela arrasa também nos videoclipes, nas roupas, na maquiagem e na coreografia. Enfim, não existem motivos para não exaltar esta rainha. P.s.: olha a The Vixen aí!
Eu não curto country music, mas vale destacar a carreira de Trixie Mattel. Apesar de ter perdido um lipsync para a Pearl na 7ª temporada, Trixie voltou mais forte na All Stars 3, da onde saiu coroada, e com isso conquistou o primeiro lugar nas paradas musicais dos Estados Unidos com o lançamento do seu segundo álbum, One Song. Ela não esqueceu as suas raízes de Milwaukee, Wisconsin e trouxe o country-folk para os palcos, reforçando mais a identidade da sua drag queen.
Estas foram algumas das minhas cantoras favoritas oriundas de RuPaul’s Drag Race que mostram que drag queen é muito mais do que vestir uma peruca e subir no salto. No próximo post, pretendo desta vez exaltar as queens brasileiras que também ganharam não só o meu coração, mas de muitos outros fãs por aí.