Drag queen é pop, hip hop e funk!

Assim como foi com a chegada de RuPaul’s Drag Race na televisão americana, Pabllo Vittar invadiu o Youtube com a sua versão de Lean On Me, de Major Lazer, batizada como Open Bar. Confesso que na minha época de festinhas, eu nem poderia adivinhar quem cantava esta música, apenas dançava. Não demorou para que a fama na internet a consagrasse e em seguida, lançasse o seu primeiro disco Vai Passar Mal. Com isso, logo começoua participar de várias músicas de artistas como Anitta e Lukas Lucco.

Confesso que não esperava que uma drag queen alcançasse o sucesso que Pabllo conquistou no Brasil, um país preconceituoso e intolerante com quem é diferente. Mas por sorte, aos poucos, tudo vai melhorando. Enquanto isso, eu só posso comemorar por ter mais uma cantora brasileira para seguir. O estilo musical de Pabllo é bem diversificado, mas todas as suas músicas foram feitas para dançar e esquecer dos embutes lá fora. Eu gosto que além de fazer os outros se divertirem, ela também tem usado o seu trabalho para reforçar mensagem contra violência e trazer esperanças para comunidade LGBTQ+.

E nas sugestões do Spotify, quem um dia apareceu para mim? Gloria Groove. E em questão de algumas músicas, eu fiquei apaixonada por ela. A cantora é espetacular com seu gingado, maquiagem, roupas, danças e toda simpatia que ela exala nas redes sociais. Logo pela manhã, eu assisto religiosamente os stories dela no Instagram para saber o que tem feito e que roupa vestiu na noite anterior. Fiquei viciada nela, confesso. E tudo isso devo às suas músicas que possuem letras poderosas contra machismo e homofobia, para conquistar os boys e rebolar nas pistas, além de ressaltar toda esta belezura. Gloria canta muito e todo dia quando escuto o álbum O Proceder, a minha autoestima vai de zero a 10 rapidinho. Eu só tenho a agradecer a Gloria Groove.

E não é só no pop que as drag queens brasileiras fazem história na música. No funk, Lia Clark pode ser considerada uma das pioneiras no gênero. Eu não sou muito fã do estilo, até porque não consigo fazer quadradinho de oito e me frustro muito por isso, mas é importante reconhecer toda vez que alguém conquista o seu espaço dominado por MCs ostentação. O grande mérito nas músicas de Lia Clark são as subjetividades que rola livremente e é muito divertido ouvir as suas brincadeiras com palavras e sentidos. Lembra facilmente Valesca Popozuda na sua época da Gaiola das Popozudas.

Bibi Ribeiro chega para encerrar a minha lista de drag queens Made In Brazil. Ela é gaúcha, natural de Rio Grande, e recentemente lançou o seu primeiro single Aceita. Também adotando o funk, a cantora fala sobre amor próprio e manda a opinião alheia para bem longe. Seja gorda, magra, cacheada ou monalisa, o importante é a aceitação de que você é uma maravilha. Eu conheci Bibi através do Workroom, bar inspirado no programa RuPaul’s Drag Race, e já acompanho nas redes para saber o que mais vem por aí. #SupportYourLocalQueens 

O meu pequeno especialzinho foi feito não só para mostrar a visibilidade que as drag queens estão tendo na música, mas também para homenagear estas divas. Já que eu sou fã de cantoras no geral, elas não poderiam ficar de fora do meu repertório. Afinal, já que não nasci com talento musical, o que posso fazer é cantar e dançar junto com elas.

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