Descompensada

Amy, uma atrapalhada mulher com mais de 30 anos, tem uma vida amorosa desastrosa. Sua rotina se resume em casos de uma noite só e beber com os amigos, mas tudo pode mudar quando ela acaba conhecendo um médico desportivo que parece ser o "cara ideal".
Trainwreck | Direção: Judd Apatow | Roteiro: Amy Schumer | Elenco: Amy Schumer, Bill Hader, Brie Larson, Tilda Swinton, LeBron James, Ezra Miller | Gênero: Comédia | Nacionalidade: Estados Unidos

Amy Schumer não é popularmente conhecida pelo Brasil, mas atualmente nos Estados Unidos, é uma comediante de sucesso. Chegando a ganhar o Emmy de Melhor Programa de Esquetes por Inside Amy Schumer neste ano. Talvez o pontapé inicial para Amy criar fama por aqui (assim como foi com Melissa McCarthy) seria com Descompensada, que ganhou indicação ao Globo de Ouro por Melhor Atriz em Comédia/Musical. Porém, o filme será lançado diretamente em DVD e Blu-Ray, o que dificulta um pouco o acesso ao povo. E até entendo o por quê de mandarem direto para as lojas. Descompensada adota o politicamente incorreto como principal incentivo na vida e nossa, nunca foi tão maçante ser #VidaLoka

Amy (Amy Schumer) é jornalista de uma revista masculina que, assim como seu pai lhe ensinou, não acredita na monogamia. Desde então sua vida sempre foi desgarrada de qualquer compromisso e apenas regada a alcool, sexo casual e maconha (Boa essa, né?). O jogo vira quando conhece a fonte da sua próxima matéria, Aaron (Bill Hader), um médico esportivo que vem ganhando reconhecimento pelo seu trabalho com atletas e a organização do Médico Sem Fronteiras. O que seria apenas uma noite e um artigo, acaba virando um relacionamento totalmente transparente e divertido até o momento em que, adivinha quem comete o primeiro erro e quer desistir porque na vida é assim? Yeah! Ela mesma! Descompensada teria tudo para ser o grande divisor de águas e colocar a mulher em um papel maduro, que aguenta o tranco de ser uma pessoa independente e com a sexualidade assumida sem problemas (Te amo Samantha Jones), mas ele não aguenta.

Por ser uma comédia, o roteiro insiste com piadas a todo momento e sinceramente, estou cansada de sempre usarem celebridades como exemplo para algum comentário irônico ou sarcástico. Estamos em 2015, e não mais no programa de Chelsea Handler ou Joan Rivers. E outra coisa que estou cansada é de filmes que têm mais de 120 minutos! Infelizmente não são todos os filmes que merecem todo este tempo. Situações estranhas acontecem e do nada estamos em uma intervenção com Matthew Broderick e LeBron James como se fossem os juízes da vida de Aaron dizendo aonde foi que ele errou. Tipo sério? Descompensada não precisava! O único ponto alto é atuação de Tilda Swinton que é a CHEFE DE AMY na revista. E se você não percebeu que era a Tilda no papel, é porque ela não interpreta, ela encarna uma outra pessoa na tela. LITERALMENTE.

Não me leve a mal, fora deste filme, eu realmente gosto de Amy Schumer. O seu programa Inside Amy Schumer é bom e traz pautas interessantes. A sua série é uma mistura de quadros com enquetes que a própria comediante faz nas ruas. E o melhor de tudo, é uma mulher que comanda tudo. Eu acho o máximo quando mais personas femininas conquistam diferentes espaços na indústria cinematográfico e da televisão. Amy Schumer é engraçada, dona de si, fora dos padrões e mega talentosa. Descompensada tem um humor debochado e não traz nada de relevante. Ao contrário da sua protagonista.

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