Anos atrás, o grupo dos mercenários foi fundado por Barney e Conrad Stonebanks. Entretanto, Conrad se tornou um comerciante de armas inescrupuloso e, por causa de suas atividades ilegais, Barney foi obrigado a matá-lo. O que ele não sabia era que Conrad tinha sobrevivido e, anos depois, retornaria para se vingar do antigo colega. Fonte: Adoro Cinema
Eu nunca fui muito fã de filmes de ação. Revirava os olhos quando via alguma cena de explosão. Mas graças a Deus, as pessoas mudam. Comecei a mudar de ideia quando assisti Os Mercenários 2 nos cinemas e desde então fiquei muito vidrada nesse gênero. Detalhe de que eu nem sequer tinha assistido o primeiro filme, traindo as minhas crenças cinematográficas.
Mas enfim, ver Sylvester Stallone matando e mandando em todo mundo só me fez ter mais uma coleção de filmes pra correr atrás. E quando o terceiro filme chegou, não me aguentei e tive que assistir imediatamente. Principalmente pelo fato de que queria mais histórias, lutas e explosões com o time escalado por Stallone.
Os Mercenários 3 é basicamente um equilíbrio dos dois primeiros filmes. O primeiro é muito mais sombrio e tenta carregar mais seriedade. Com dramas sociais e carão de mau, Stallone quis focar mais em seu personagem, sendo individualista e tentando salvar uma nação inteira sozinho. Mas óbvio que a turma que o segue, não o deixaria para trás. Já o segundo filme traz uma velocidade maior em comparação ao primeiro. É rápido nas ações, mais leve na dramaticidade e o resto do elenco de estrelas ganha muito mais participação, pois não é só uma causa pessoal, todos querem vencer aquela batalha. Até a mocinha chega a ser mais simpática. Sem contar que piadas e o deboche correm soltas o tempo todo.
O filme dirigido por Patrick Hughes tenta ao máximo não deixa-lo tendencioso demais. Se em Os Mercenários 2, toda hora é hora de frases feitas de filmes antigos, aqui elas são mais cuidadosas e sempre vem no momento certo. Porém, ele volta a deixar a causa principal centrada em Stallone, ofuscando a presença do bando. Na primeira cena, ela começa do mesmo jeito que o último longa. Já temos uma cena de resgate com tiros, porradas e bomba, onde libertamos Wesley Snipes e este volta a integrar a trupe de Barney (Stallone). Não tem como não amar esta franquia depois de momentos como este. E na próxima aventura que a equipe tem que enfrentar, o meu favorito, Caesar (Terry Crews) é baleado e fica em coma. O que faz Barney parar tudo e repensar na vida dos mercenários. Afinal, ninguém ali está ficando mais jovem. Então ele despede todo mundo e contrata quatro novos (jovens) matadores.
O vilão dessa vez fica nas mãos de Mel Gibson no papel de Conrad Stonebanks, o que eu acho maravilhoso pois alguns papéis as vezes caem como uma luva para certas pessoas, e ele está louco por vingança e para se dar bem em suas mercadorias ilegais. Ele que já foi um dos integrantes e fundadores do grupo ao lado de Barney, Stonebanks agora quer matar aquele que o “matou” primeiro. O que achei bacana nesse novo grupo é a escalação de uma mulher como mercenária, algo inédito nos filmes de Stallone. Apesar de Luna (Ronda Rousey) ter seus pequenos momentos de ação, vou confessar que gostei de ver uma mulher quebrando a cara de alguns machos. Mas o destaque fica com Galgo (Antonio Banderas) sendo a parte cômica do filme. Já que ficamos órfãos de tiradas engraçadas dos outros, ele veio nos fazer rir de toda a situação. Uma grande revelação pois Banderas soube deixa-lo do jeitinho certo para que não ficasse chato e forçado demais. Galgo é talvez a melhor parte, imprevisível, do longa.
Um dos motivos de ter aquele preconceito com filmes de ação é pelo óbvio que todos esperam e aqui não é diferente. Porém acredito que se a direção tivesse ficado com Simon West (Os Mercenários 2), talvez ele tivesse conquistado mais alguns fãs (tipo eu) perdidos por aí. Mas não desmerecendo a obra de Patrick Hughes, o terceiro filme da franquia vale pela sua característica principal: o elenco cheio de estrelas da porrada.