Viva! A Vida É Uma Festa ★★★★

Eu acredito que a música é um dos poderes mais fortes que podem resgatar e, principalmente, traduzir os sentimentos mais escondidos que existem dentro de nós. Podendo imprimir memórias e contar histórias que você nem imaginaria que pudessem existir. É assim que Viva! A Vida É Uma Festa transforma uma aventura surreal em uma redenção familiar totalmente inesperada. A animação dirigida por Lee Unkrich e Adrian Molina traz uma história extremamente emocionante sob os olhos de Miguel (Anthony Gonzalez), uma criança que quer fugir das tradições familiares e se tornar o maior músico do mundo. Porém, seus pais, em especial a sua avó, não permitem que a criança se envolva com música já que isto destruiu a família no passado. Tal regra provoca uma rebeldia no garoto que acaba indo parar no mundo dos mortos. Literalmente.

El dia de los muertos no México, ao contrário do nosso deprimido Dia de Finados, celebra festivamente a vida dos que já se foram com flores, velas, fotos e tudo mais que os falecidos gostavam para recebê-los nesta época. Segundo a crença popular, os mortos têm permissão para voltar na Terra para visitar parentes e amigos que prepararam esta homenagem. Com este pontapé, o filme vai longe e consegue apresentar bastante sobre a cultura mexicana nesta viagem de cores vibrantes que Miguel não para de explorar. Ao longo do caminho, ele conhece Héctor (Gael Garcia Bernal) que promete ajudá-lo a encontrar o seu ídolo Ernesto De La Cruz (Benjamim Bratt) e voltar para sua família. Mas em troca, Miguel tem que expor uma foto de Héctor durante o El dia de los muertos para continuar existindo nesta dimensão.

Viva! A Vida É Uma Festa inicia com este objetivo de provar de que Miguel merece realizar o seu sonho musical, mas se torna em um presente muito mais especial para o personagem. Tanto ele quanto nós, o público, passamos por uma jornada que muda nossas perspectivas sobre a morte e a família. Enquanto assistimos os mortos se divertindo e seguindo com suas “vidas” em um outro universo, por outro lado, também aprendemos da importância do passado dos nossos familiares e quanto este laço deve ser preservado. Afinal, quem mais apoiará você na vida, não importa a distância ou a circunstância, sempre será a sua família. E com isso, e também graças ao poder da música, Miguel conquistou o sucesso que sempre sonhou.

Coco (2017) | Direção: Lee Unkrich e Adrian Molina | Roteiro: Adrian Molina e Matthew Aldrich | Elenco: Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt, Alanna Ubach e Renne Victor | Nacionalidade: Estados Unidos | Gênero: Animação | Duração: 1h45min

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