
Se uma coisa Larissa Manoela tem é carisma. Em seus filmes, fica transparente a entrega da atriz em suas divertidas aventuras, em que prioriza as transformações pessoais de suas personagens carregadas de mensagens positivas no final de tudo. Acredito que ela já tenha se tornado uma figura que a ligue a este estilo nos cinemas, onde a gente já pode esperar alguns clichês, mas isso não é de todo mal. Afinal, se a gente quiser assistir a algum filme leve e querido, sempre se pode contar com a Lari.
Desde que a assisti em Fala Sério, Mãe (2017), mudei a minha visão sobre Larissa, e desde então, sempre curto em acompanhar os seus filmes por já saber exatamente que encontrarei uma historinha que, de certa forma, vai alegrar o meu dia. Em Lulli, dirigido por César Rodrigues, é o mesmo esquema, mas desta vez, a gente encontra uma Larissa Manoela mais madura, no entanto, um pouco mais solta na imaginação. Ela interpreta uma estudante de medicina que madruga para estudar e trabalhar, ao mesmo tempo que tenta curtir a vida ao lado dos amigos e namorado. No entanto, nem tudo é perfeito. Por focar tanto em seus objetivos, Lulli não presta atenção nos sentimentos alheios, acreditando que qualquer reclamação vinda de alguém, como seu namorado é “mimi”. Mas convenhamos que, querendo ou não, ele está em um lugar muito mais privilegiado do que a protagonista. Então, até certo ponto, a gente pode entender a impaciência da menina.
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Após um acidente no trabalho, ela começa a ouvir os pensamentos de todo mundo à sua volta. Essa estratégia vai ajudar a personagem a ter mais empatia pelo outro e a tornando menos egoísta em seus interesses. Por ser ambientado em um hospital público, Lulli aproveita o recurso para tomar à frente dos seus colegas e lidando muito melhor com os seus pacientes, mas isso também vai sensibilizá-la quando finalmente vai à fundo daqueles que preferem silenciar as suas dores do que compartilhá-las.
Pode ser um efeito totalmente fora do comum do que estamos acostumados a assistir no cinema nacional, mas é uma forma legal também de entreter sem se tornar algo superficial, ao mesmo tempo que nos faz refletir tanto com a protagonista quanto às histórias paralelas. Então, não olhe de cara feia e se jogue nesta aventura, assim como Larissa também se jogou. afinal, a vida não precisa ser tão levada a sério assim.