As minhas séries favoritas de 2020

Em 2020, o período em isolamento social serviu para que a gente pudesse colocar em dia as séries atrasadas e também, por que não, aproveitar para se dedicar a novos programas de televisão e de streaming. Além de, óbvio, nos proteger da contaminação do coronavírus. Por isso, a gente deve bastante, não só aos filmes, mas nossos seriadinhos do coração, que tanto nos fizeram companhia neste ano tão terrível que já está acabando. Lembrando, claro, daqueles que não cansamos de assistir quando bate aquela saudade de ver uma história que a gente já conhece e que sempre nos fazem tão bem. Então, para encerrar o ano, bora para a listinha das melhores séries de 2020.

5º Lovecraft Country

Uma série que chegou para escancarar ainda mais como o racismo e o gênero do terror andam lado a lado. Por se tratar de uma produção com nomes como de Jordan Peele e J.J.Abrams, era de se esperar uma história com debates raciais, ficção científica, efeitos especiais e muita teoria para rechear a nossa mente e arrepiar a nossa espinha. A série não só se debruçou sobre as origens do seu protagonista, mas como inseriu delicadamente os coadjuvantes com seus dramas pessoais que, pra mim, foram a cereja do bolo.

4º Bom Dia, Verônica

Finalmente uma série brasileira que conquistou o grande público tanto pela sua relevância quanto pela trama, no geral. A violência doméstica é uma vilã silenciosa que age diariamente no Brasil e no mundo e, uma série como esta, disponível em uma grande plataforma de streaming, pode ter plantado a sementinha do tema que é cada vez mais urgente. Infelizmente, ninguém está a salvo de um perigo como esse. Sem contar, que a série não perde em nada para os programas policiais americanos, tão famosos do gênero.

3º The Crown

A quarta temporada foi a melhor de todas. Depois de uma estreia fria, Olivia Colman está mais à vontade no papel da Rainha Elizabeth, que move e “manda” em todos da Família Real e, por isso, tornou a história tão instigante. Por chegarmos numa fase mais próxima do nosso presente e, também, por ser um período mais “pop” do clã britânico, a produção resolveu quebrar a imagem intocável e trouxe à tona o pior dos principais membros do Palácio de Buckingham, nos levando, é claro, ao lado mais humano deles. Afinal, eles podem ser da Realeza, mas são tão problemáticos quanto qualquer pessoa.

2º I May Destroy You

Mais uma genialidade criada por Michaela Coel. A atriz e escritora britânica usou da sua originalidade para debater sobre consentimento no sexo. A partir de um estupro, a protagonista vai investigando não só o crime, mas como lidou com o sexo ao longo da sua vida e nos detalhes, vai percebendo como nossos corpos são violados só pelo prazer do outro. É uma série necessária para refletir sobre as várias camadas, formas e consequências que a violência sexual pode aparecer em nossas vidas e expor como o problema ainda é tão complexo e real.

1º Bojack Horseman

Bojack Horseman é daqueles raros exemplos de só melhorar com o tempo e, na última parte da 6ª e última temporada, que estreou em janeiro, a série finalizou perfeita e coesa, assim como começou. A série nunca deixou de ser provocativa, crítica, debochada e, principalmente, humana, por tratar cada personagem com a devida profundidade que merece. Como uma das frases ditas na série “O sentido da arte não é o que o artista quer passar e sim o que as pessoas interpretam”. Por isso, interpreto que não importa o que os criadores quiseram passar com esta série, mas como é possível encontrar um pouco de luz dentro de si, mesmo que seja difícil de se chegar lá.

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