
Estrelado por Michael B.Jordan e Sylvester Stallone, Creed II estreia nesta quinta-feira nos cinemas aproveitando mais uma história da antiga franquia Rocky Balboa. Desta vez, Adonis Creed (Jordan) segue sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai Apollo Creed (Calr Weathers) e com o apoio de Rocky (Stallone).
A próxima luta não será tão simples. Adonis precisa enfrentar Viktor Drago (Florian Munteanu), filho de Ivan (Dolph Lundgren), o responsável pela morte de Apollo. O desafio significa muito mais para a família Drago que quer reconquistar o prestígio perdido no passado quando Ivan foi derrotado por Rocky. Contudo, a história se torna uma jornada de autodescobertas para ambas as partes.
Dirigido por Steven Caple Jr., Creed II não parece ser mais um filme sobre boxe e suas superações físicas. O longa possui uma dramaticidade atípica dentro da saga Rocky que envolve emocionalmente e cede espaço para que todos os personagens principais possam ter o seu momento de fala e ter as suas motivações esclarecidas. Inclusive, o diretor não pinta Ivan e Viktor como os russos assustadores, apesar da forma física, mas humaniza os sentimentos sofridos por pai e filho.

Assim como Adonis mantém os pés no chão e reconhece os seus erros, e como Rocky nunca se sobressai a mais que os seus companheiros em cena. Bianca (Emma Thompson), noiva do jovem lutador, é o equilíbrio perfeito e não se acomoda no papel normalmente designados às mulheres neste gênero e tem as suas conquistas dentro do filme.
Creed II consegue superar Creed: Nascido Para Matar especialmente pela sua essência e qualidade cinematográfica. Algo totalmente inesperado para uma sequência. A narrativa foge da obviedade de vinganças pessoais e caminha para o autoconhecimento, o que deixa o filme refinado e saudável, de certa forma.
Eu gosto muito quando o protagonista passa por uma jornada do qual ele sai completamente diferente da forma como entrou. E não somente ele. Os demais personagens também concluem as suas lutas particulares. O que se aplica muito ao filme em si. Creed criou identidade suficiente para não precisar de mais ganchos e golpes do passado para construir o seu futuro.
Nota: ★★★★
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