
Matéria escrita para o site do Correio do Povo em agosto de 2018
Benzinho conta a história de uma família comum que entre conflitos e conquistas, batalha diariamente para se manter unida. Para o diretor Gustavo Pizzi, a personagem Irene é o principal pilar para manter a estrutura do lar, além de ser uma referência pessoal de mulheres que marcaram a sua vida. O longa foi exibido na noite desse sábado no 46º Festival de Cinema de Gramado.
“Esta família é um pouco das nossas famílias. Ter uma protagonista feminina é algo que vivi minha vida inteira. A gente cresceu com mulheres criando a gente, foi uma referência forte para minha geração toda. É quase uma necessidade e algo natural ter uma mulher protagonista nos meus filmes. É uma vontade de conhecer e tentar entender. Historicamente, as mulheres foram retiradas de funções importantes e a gente precisa inverter esta situação”, declarou.
O roteiro de Benzinho foi escrito por Pizzi e Karine Teles, que também protagoniza o filme. Conforme Karine, o longa comunica e gera empatia entre as pessoas. “Nossas questões são únicas. Essa é a importância da arte, ela serve para isso, para entender que nós, como seres humanos, não estamos sozinhos”, afirmou.
Ela destaca que Benzinho tem função de falar sobre elementos comuns na nossa vida, mas que passam despercebidos.
“Irene é a maioria das mulheres do Brasil. Na maioria das casas, elas acumulam muitas funções mesmo. A gente queria falar desta mulher comum. É jogar luz sobre esta coisa tão banal, mas tão gigantesca e complexa”, completou.