Como dona e proprietária deste blog, eu decidi compartilhar filmes, músicas, artistas e o que mais me inspiram na vida durante esta semana através de posts já que meu aniversário se aproxima. Hoje começo trazendo a trilogia do diretor Christopher Nolan: Batman Begins (2005), The Dark Knight (2008) e The Dark Knight Rises (2012). É inegável a tamanha qualidade que os dois primeiros filmes, especialmente o segundo, possuem tanto em termos técnicos quanto no novo caminho que estas produções trouxeram para esta nova era de super-heróis nos cinemas. O Batman sempre foi o meu herói favorito. Desde criança, talvez por influência do meu pai, assim como ocorreu com a escolha do time de futebol, o personagem esteve presente na minha infância com desenhos e principalmente com os filmes que eram exibidos nas Sessões da Tarde ou na Tela de Sucesso. Os longas dirigidos por Tim Burton eram ótimos, uma pena que a cada lançamento depois disso tudo foi por água abaixo.
Por sorte tivemos a volta do morcego em grande estilo não só pelas mãos de Nolan, mas com Christian Bale assumindo a responsabilidade de salvar Gotham e a reputação de Batman nos cinemas. E nossa, que dupla! É verdade que a trilogia tem um pacote completo e pelo menos o diretor tentou se manter fiel ao estilo que adotou para as produções. Batman Begins traz a clássica forma de contar as origens de um super-herói, mas desta vez com muito mais pé no chão do que qualquer outra fantasia das revistas em quadrinhos. O filme tem um tom sério, foge do caricato e coloca um super-herói em uma realidade muito mais próxima a nossa do que qualquer outro poderia chegar. Claro, há elementos como explosões, lutas e vilões que nos deixam assustadoramente fascinados que definem o termo de filme de super-herói. O que só reforçado em The Dark Knight, o melhor da trilogia e de qualquer outra tentativa do gênero. Por sorte, eu assisti a saga inteira nos cinemas, e este segundo eu cheguei a conferir três vezes de tão apaixonada que eu fiquei na época. Não era um simples filme, era um obra-prima. Era não, ainda é!
The Dark Knight supera as expectativas com as complexas histórias que se desenvolvem, os personagens inesquecíveis e o tom ainda mais sombrio que o ambiente proporciona do início ao fim. É incrível como Nolan consegue passear pelo drama, aventura e o suspense em cada cena. E quando conhecemos Coringa (Heather Ledger) é um outro nível de interpretação que nem tão cedo iremos presenciar novamente nos cinemas. Nem é preciso me rasgar em elogios para expressar em como o personagem é único e que o talento do ator foi essencial na construção, em parceria, com o roteiro de Nolan. Este vilão em mãos erradas poderia estragar totalmente o filme.
E por último, The Dark Knight Rises tenta ser uma cópia muito frustrada do seu antecessor e por isso, fica devendo e muito na conclusão desta trilogia que poderia ser brilhante. O elenco era magnifico, que contou até com Marion Cotillard, mas a história quis misturar o passado com o presente para testar os princípios de todos e aí acabou cedendo ao melodrama para o encerramento da saga. Não vou negar que me pego assistindo The Dark Knight Rises na TV e torcendo tanto para Bane (Tom Hardy) quanto para Batman nos tempos de bobeira. Mas a verdade é que Nolan trouxe uma forma mais humana de retratar os super-heróis nos cinemas, sem precisar apelar aos clichês e apostando na realidade, que pode ser tão assustadora quanto um universo paralelo com monstros e super-poderes. Batman é este herói que carrega um pouco de nós dentro de si mostrando que existem possibilidades de fazer justiça em um mundo sem esperanças.