The Hateful Eight | Direção e Roteiro: Quentin Tarantino | Elenco: Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Michael Madsen, Tim Roth, Channing Tatum e Dana Gourrier | Gênero: Faroeste | Nacionalidade: Estados Unidos | Duração: 2h48min
Sempre acreditei que iria gostar de qualquer filme que Quentin Tarantino lançasse. Pelo menos era o que vinha acontecendo desde que o conheço. Desde Kill Bill, Bastardos e Django, o meu joinha era garantido. Então eis que chega os Os Oito Odiados e penso: “ah, vamos lá, Tarantino sempre vale a pena”. Sabendo que teria que ficar quase três horas dentro do cinema, meu psicológico estava preparado para apreciar um bom filme. Era só o que eu esperava. Mas nunca sai tão braba de uma sala de cinema. Depois de toda aquela enrolação, falação, historinha, piadinha e pancadaria pra acabar em nada? Quentin Tarantino tem a sua marca na história do cinema e características que reconhecemos de longe, mas neste filme parece que ele exagerou. Os Oito Odiados é um filme extremista dos itens favoritos do diretor: diálogos, tiros, sangue e aparentemente, filmes longos. Não vou dizer que o longa seja ruim, mas é demorado demais e nada acontece até os minutos finais. Cansa sem necessidades. O que me mantinha acordada era a atuação de Jennifer Jason Leigh, que como a assassina mais procurada da região, apanhava e devolvia tudo na mesma moeda. E que mesmo sendo a única personagem feminina, não economizava nos palavrões e preconceitos em cena. O seu momento a sós com o violão é uma das minhas partes, ou talvez a única, favorita do filme.
Joy | Direção: David O. Russell | Roteiro: David O. Russell e Annie Mumolo | Elenco: Jennifer Lawrence, Bradley Cooper, Robert De Niro | Gênero: Biografia, Drama | Nacionalidade: Estados Unidos | Duração: 2h04min
De todos os filmes de David O. Russell já feito, este é o que menos teria necessidade de existir. Nada contra a história verídica de Joy Mangano que criou o famoso “rodo”, mas fora este mero detalhe, qual outro atrativo na sua história para ser levado as telas de cinema? Alguns diriam “ah, mas ela era pobre e estava ficando cada vez mais pobre, tinha um milhão de problemas em casa e seus sonhos foram deixados para trás”. E não é assim com 99% da população no mundo? Ousaria em dizer que apenas Jennifer Lawrence salva o filme, mas novamente não. O grande problema de JLaw em trabalhar com David O. Russell é a repetição de suas interpretações que não são algo positivo. O Lado Bom da Vida talvez seja a única exceção na parceria com o diretor, com ressalvas (principalmente por causa do Oscar), mas a atriz foi o grande erro de Joy. A começar que a personagem tinha mais de 40 anos quando criou e começou a vender o esfregão. Então por quê colocar uma atriz de 25 anos neste papel? Nem ao menos parece real a história com Jennifer ali, com dois filhos e uma família inteira acomodada em suas costas e ela perfeitamente impecável em cena. Cadê verossimilidade? Sem contar que a narrativa sendo contada pela sua avô e com as fantasias que decorre na imaginação dos personagens, não ajudam em tentar engrandecer o filme. Desculpa David O. Russell, mas eu não caio mais na tua.