Lucy

1Quando a inocente jovem Lucy aceita transportar drogas dentro do seu estômago, ela não conhece muito bem os riscos que corre. Por acaso, ela acaba absorvendo as drogas, e um efeito inesperado acontece: Lucy ganha poderes sobre-humanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente. Fonte: AdoroCinema

Existem filmes que a gente assiste só por causa de alguém. Lucy me pegou pelo fato de adorar a Scarlett Johansson que é uma das melhores atrizes da atualidade. Ela não se apega apenas aos altos salários e status em Hollywood. Há tempos a atriz vem se aventurando como nunca no cinema e eu amo quando um artista faz isso. Scarlett mais do que nunca mostra que não é só um rostinho bonito.

No filme, Lucy (Scarlett Johansson) é apenas uma estudante na China (WTF?) e ao concordar com uma entrega em nome do boy magya, ela é sequestrada por um grupo da máfia/traficante/malvados da braba e obrigada a ser mula no esquema dos caras. Só que a droga é um absurdo de louco. Chamado de CPH4, com pouca quantidade ele consegue te dar todos os poderes possíveis no universo imaginário. Seja inteligência, força ou telecinésia, Lucy controla praticamente tudo sob o poder da mente. E aí que fica o grande questionamento do filme, o que acontece quando ela chegar ao 100% da capacidade do cérebro? Infelizmente ela vai perdendo suas emoções e deixando a razão tomar conta. Porém como seu tempo de vida é pouco, ela tem que correr atrás de respostas que não possui. Depois do choque com a ideia de que tem uma droga dentro do seu organismo e ver que o bagulho é bizarro, a personagem vai atrás do Professor/Doutor/Mestre Norman (Morgan Freeman), o único capaz de ajudá-la a desvendar este fenômeno que está acontecendo. Claro que enquanto tudo isso ocorre, Lucy tem que fugir dos malvados que querem a sua preciosa droga de volta.040552.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxx

Dirigido por Luc Besson. Lucy traz a criatividade de ser um filme de ação com poucas cenas de contato físico, afinal a protagonista consegue se defender só ao fazer um gesto com a mão ou olhar feio para alguém. A história se transforma, pois ele poderia ser facilmente um enredo de vingança contra o vilão, mas Lucy quer ser um experimento nada visto antes. Sua curiosidade aguçada veio junto com os resquícios da droga em seu corpo, pois seria também facilmente tentador cair na perdição e querer dominar o mundo ou os sete reinos. q A montagem do filme coloca inserts naqueles momentos clássicos em que alguém explica grandes teorias enquanto a prática se aplica. Pode parecer clichê, mas ao mesmo tempo cativa pela escolha das imagens. Deixando clara a mensagem dada para que o público pegue os seus entrelaçamentos no ar.

Já mencionado antes, Scarlett Johansson carrega Lucy como ninguém. Nem o seu teor sensual aparece por aqui. A única cena em que há algum sentimento é uma tentativa de voltar a sentir algo, o que infelizmente passa batido, mas não deixa de ser engraçadinho. A atriz leva na voz e na sua feição, toda a seriedade e superioridade que antes nem era visto naquela jovem lá do início do filme. Tio Morgan Freeman faz o que sempre faz em seus filmes: ser o grande salvador da pátria, mas nem por isso deixamos de honrar a sua presença.

Lucy é um filme que foge rapidamente do óbvio dos filmes de ação. O fato é que a história consegue virar a mesa, transformando, exageradamente falando, a personagem em uma heroína no final das contas. E não gente, CPH4 não é uma droga real. Nem mesmo aquelas teorias que Tio Morgan recita lá na sua palestra são verdadeiras. Nem mesmo eu que passava nas coxas no colégio, sei que tudo ali é apenas ficção para nos deixar sedentos para saber o que vai acontecer quando Lucy finalmente ter a sua overdose.