Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual – e mortal – entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando com a companhia de Peeta Melark, desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes. Fonte: AdoroCinema

Na expectativa da estreia do terceiro filme da saga Jogos Vorazes, quis relembrar um pouco do primeiro filme lançado lá em 2012. Lembro que só quis assistir ao filme no cinema porque falaram bem (aaaah…esta prática de resenha às vezes funciona,rs) e fiquei impressionada. Já acostumada com romances quase impossíveis e muito mimi, não sabia realmente o que esperar deste filme de Gary Gross. Até que vamos parar em um futuro bem distante, em Panem que foi o que sobrou dos Estados Unidos e conhecemos o cotidiano do Distrito 12 e o seu fatídico evento anual chamado Jogos Vorazes. Onde crianças de 12 até os 18 anos são sorteadas, também dos outros 11 distritos, para participar do temido reality show onde somente uma pessoa sairá viva. Só por essa razão o filme já mantém todo o drama no ar e carrega todo o peso das pessoas que sobrevivem sob o regime totalitário da Capital.

Quando a sua irmã Prim (Willow Shields) é selecionada para os jogos, Katniss (Jennifer Lawrence) se voluntaria imediatamente, sendo a sensação do momento pois raramente alguém faz este tipo de ação. A personagem desde cedo aprendeu a se virar sozinha no Distrito, sendo a principal fonte de alimento para a casa. Sempre reservada e preocupada com o bem estar da família, a jovem também tem seus momentos de flerte com o seu amigo Gale (Liam Hemsworth) pois afinal de contas, ninguém é de ferro. Peeta Mellark (Josh Hutcherson) entra na história como fadado à morte pelo seu jeito totalmente oposto ao de Katniss, mas que não demora muito para arregaçar as manguinhas de fora.

Jogos Vorazes foi baseado nos livros de mesmo nome de Suzane Collins e mostra uma história interessante para os jovens não focarem apenas em historinhas de amor fantasiosas (estou citando a saga Crepúsculo, mas suspiro toda vez que assisto) e terem algo pra pensar. A trama é uma alfinetada em várias sacadas como a saciedade nos entretenimento dos reality shows e toda a manipulação que acontece atrás de algo que acreditamos serem espontâneos (algo lhe vem na mente?) Mas Katniss e Peeta não vão deixar que a Capital acabem com as suas vidas mais cedo por pura falta do que fazer do Presidente Snow (Donald Sutherland).

Talvez este tenha o grande boom na carreira de Jennifer Lawrence. A atriz já tinha no currículo vários filmes, como Inverno da Alma e X-Men e suas séries, mas aqui ela não só virou a heroína dos jogos, como também na vida real. É claro o talento de Jen em Jogos Vorazes. Detalhe que devemos lhe cobrar mais trabalhos como estes e deixar David O. Russell e Bradley Cooper um pouco de lado. Josh Hutcherson virou o preferido das menininhas que antes torciam para Gale e Kat ficarem juntos, mas no filme vemos que toda essa aventura mudou a vida da dupla. O ator é tímido e convencido de que não sairá vencedor do evento mortal, mas logo consegue conquistar os nossos corações. O grande destaque do longa fica por conta das participações de Lenny Kravitz com o estilista Cinna, que é o grande salvador na vida da protagonista, e Woody Harrelson como o intérprete de Haymitch Abernathy, o conselheiro que tinha como trabalho de orientar a dupla do Distrito 12, mas felizmente ele consegue ser mais do que isso.

Jogos Vorazes veio para ocupar mais um espaço vago de sagas cinematográficas para atrair jovens e sua lealdade, para Hollywood ganhar mais uns troquinhos com séries de filmes que temos que esperar quase um ano para saber o que vai acontecer no próximo capítulo e para atiçar aquilo que às vezes fica escondido, quase esquecido dentro de nós: a esperança.