1962. O sonho de todo adolescente é aparecer no “The Corny Collins Show”, o programa de dança mais famoso da TV. Tracy Turnblad é uma jovem gordinha que tem paixão pela dança. Ao fazer um teste ela impressiona os juízes e, desta forma, conquista um lugar no programa. Logo ela alcança o sucesso, ameaçando o reinado de Amber Von Tussle no programa. As duas passam também a disputar o amor de Link Larkin, enquanto duelam pela coroa de Miss Auto Show. No entanto os conceitos de Tracy mudam quando ela descobre o preconceito racial existente na TV, decidindo usar sua fama para promover a integração. Fonte: AdoroCinema
Existem duas coisas que mexem com o meu ponto fraco: batata frita e musicais. Tão distintas, porém conseguem me fazer esquecer do resto mundo. Felizmente, Hairspray tem um marco mais importante. Ele é daqueles filmes que sempre vão me botar de bom humor, independente do dia, hora ou local. Estamos nos anos 60 e tudo o que importa para Tracy Turbland (Nikki Blonsky) é chegar em casa a tempo de assistir o The Corny Collins Show, um programa musical onde vários jovens dançam e cantam. Praticamente a MTV sessentista. E com a oportunidade de poder ingressar na turma cool da televisão, Tracy vai em busca do seu sonho. Mesmo enfrentando opiniões contrárias como a de sua mãe e das malvadas da história, ela consegue se tornar a nova diva da garotada. Mesmo que os padrões da época se voltarem totalmente para as loiras, magras e sonsas, Tracy conquista a garotada de uma maneira tão brusca que parece que só faltava ela pra fazer a diferença na vida deles. E talvez seja mesmo.A personagem não está nem aí para rótulos. Nem sabe o que é isso para falar a verdade. A ignorância é uma benção às vezes não? Ela é tão prática que deixa parecendo que tudo é possível nessa vida. Entrar para um programa de televisão, ser a mais famosa, ganhar patrocínios, roubar o bonitão da loirinha e conseguir que os negros sejam 100% integrados no programa do Corny Collins.
O filme dirigido por Adam Shankman pode parecer um tanto superficial se você quiser levá-lo a sério demais e estiver a fim de criticar praticamente tudo o que vê na tela. Mas eu digo para apenas relaxar e aproveitar a fantasia toda. Praticamente todos que estão ali atuando não estão no clima de seriedade. Na verdade até acho que eles se divertiram fazendo todas aquelas cenas. Principalmente John Travolta que interpreta a mãe de Tracy, a encabulada Edna Turbland, que só vai sair de casa quando começar a dieta que adia faz anos. Não vou dizer que foi estranho vê-lo travestido, pois por segundos você esquece que é o galã Grease que está ali cantando de mãe para filha. O resto do elenco também entra na dança e deixa as músicas nos guiarem por toda a história. Do jeitinho que eu gosto. Zac Efron não é o bonitão chato que normalmente vejo arrancando suspiros de meninas histéricas. Confesso que até eu caio de quatro pelo Link Larkin e consequentemente pelo ator, rs. Queen Latifah é tipo Meryl Streep nos filmes que faz: nunca passa em vão pelas nossas vidas. Ela nos diz que big is the new black e que o resto é tudo boring. E se ela diz, então está decretado, sancionado e oficializado. E em Hairspray ainda temos os últimos suspiros da sanidade de Amanda Bynes. Vou confessar que sempre a achei uma boa atriz adolescente. Carismática e engraçada no ponto certo, ela realmente tinha futuro se continuasse no estilo de comédias como Kate Hudson ou Jennifer Aniston, mas né. Hairspray não é pra você que não gosta de contar histórias, sentimentos e causos através de músicas. Com ares totalmente old school, as canções são sempre animadas e com jeito de quem acorda feliz desejando Bom Dia! Mas não se intimide ou refreie por aquele velho preconceito com musicais. Apenas acompanhe a batida…