Russell Baze trabalha em uma usina e mora com o pai, que enfrenta sérios problemas de saúde, e o irmão mais novo, Rodney, que lutou na Guerra do Iraque. Um dia, Russell se envolve em um acidente de carro onde uma criança acaba falecendo, o que faz com que seja preso. Ao sair ele retoma a vida de antes, trabalhando novamente na usina. Entretanto, Rodney se recusa a levar a mesma vida do irmão e do pai. Querendo ganhar dinheiro, ele passa a fazer lutas clandestinas e acaba se envolvendo com um homem violento e bastante perigoso: Harlan DeGroat. Fonte: Adoro Cinema
Desde Batman Begins (2005), virei fã de carteirinha do Christian Bale. Nunca vi ninguém tornar Batman tão humano e o mais importante, tão real. Comecei a acompanhar a carreira de Bale, além de ir atrás de seus filmes antigos. O que mais gostei, além de Psicopata Americano (2000), onde ele quebra todos os seus limites e vai além, sou MUITO fã de Velvet Goldmine (1998). Óbvio que todo o cenário musical me atrai, mas ver Bale tão novinho me fez cair de quatro. Mas enfim, em mais uma jornada de groupie, fui atrás de mais um filme de Bale. Tudo por Justiça foi mais um filme que entrou para a lista de filmes assistidos. E confesso que não foi fácil. Minto. Foi fácil demais assistir. Tanto que só não dormi por que era o Bale na tela e não podemos desperdiçar tamanha beleza e talento em cena.
Tudo por Justiça é sobre a história de dois irmão. Bale é Russel, um cara queridão. Não tem o emprego dos seus sonhos, mas já é o bastante para se sustentar. Tem uma namorada perfeita, Lena (Zoe Saldana) e infelizmente, um pai já bem doente.Talvez a única pedra em seu sapato seja o seu irmão caçula, Rodney (Casey Affleck). Rodney é um jovem rebelde sem calças. Não aceita a vida como ela é e não quer levá-la do mesmo modo que seu pai e irmão. Russel tem uma noite azarada e acaba por ser preso. Após sair da cadeia, ele descobre que o irmão está envolvido em lutas ilegais. E a partir daí é que finalmente começa o filme.
E olha que demora até tudo isso acontecer. Por essa proposta, o filme poderia ter todo aquele clima como estamos acostumados a ver em vários filmes de ação e vingança. Tem tiros, porrada e bomba, rs. Mas isso não acontece muito aqui. É um filme lento e os pontos de viradas demoram tanto pra acontecer que tu nem sabe se é alguma virada ou continua tudo na mesma. Até o próprio Bale fica um pouco devagar durante o rolo que precisei me beliscar pra ver se não estava sob efeito de câmera lenta.
Escrito e dirigido por Scott Cooper (Coração Louco), Tudo por Justiça tem tudo para ser um bom filme. Por mais clichê que o assunto seja, a fita carrega um grande elenco e é o que salva o filme. Nem preciso fazer grandes comentários sobre a performance de Bale. Aqui ele traz mais um trabalho, no mínimo memorável. Com certeza já vimos coisa melhor do ator, mas aqui ele continua fazendo bonito.
Casey Affleck me deixa um pouco na dúvida, pois ele interpreta o típico mimadinho que quer quebrar as regras e ganhar a vida de tudo que é jeito, menos de forma honesta. Não é um papel difícil de interpretar. Mas parando pra pensar, se o cara consegue me fazer sentir algum tipo de sentimento, no caso dele, me causou uma raivinha pois dá vontade de dar uns relho no guri e mandar se recompor, é de se admirar. Zoe Saldana como a namorada que larga o cara só porque ele foi parar na cadeia, não tem lá grandes relevâncias. Afinal o seu papel poderia facilmente ser esquecido.Agora Woody Harrelson, Williem Dafoe e o ganhador do Oscar, Forest Whitaker, roubam a cena quando aparecem. Todos cumprem o seu papel, mesmo com tão pouco a oferecer.
Tudo por Justiça poderia ser só mais um filme sobre um cara querendo vingar a morte do irmão (ops, spoiler), mas infelizmente, por querer ser diferente demais, Scott Cooper faz a vingança ser um prato frio e chato de se comer.