O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)

tumblr_inline_n08c4pKrF91qf2gibDurante seis meses, Jordan Belfort trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna. Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer. Fonte: Adoro Cinema

Os boatos de que O Lobo de Wall Street é um filme insano são verdadeiros. Mas isso nem de longe afeta a produção. De fato, talvez, seja o que torna um filme tão bom. Martin Scorsese se supera em seu último trabalho. Em sua quinta parceria com Leonardo DiCaprio, Scorsese usa e abusa do ator, tornando-o mais poderoso que pode ser.

De inicio já entramos numa festa, em um dia normal, na firma Stratton Oakmont, fundada por Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) e seu amigo Donnie Azoff (Jonnie Hill). Estamos na euforia de um torneio de arremessos de anões e aí, Belfort resolve parar um pouquinho e contar a sua história. Se vemos o personagem de DiCaprio hiper agitado, logo somos apresentados ao Jordan Belfort de auréola limpa começando seu primeiro dia de trabalho na pouca gananciosa Wall Street. Infelizmente acontece o Black Monday, que foi a queda das ações que balançou Wall Street, fazendo Jordan perder o emprego. Até que ele acha a “Wall Street” dos pobres e ganha dinheiro com sua lábia, tirando dinheiro dos menos afortunados com venda de ações que estão fora do pregão. Não é preciso muito entendimento no assunto pra saber que tudo isso, é de alguma forma fajuta e nada legal. Mas isso não é o bastante. Belfort, junta mais alguns parceiros e cria a Stratton Oakmont, sua mina de ouro.

A partir daí, a zoeira realmente não tem limites. É sexo, drogas e dinheiro. Muito dinheiro sendo muito bem gastos por todos ali. Óbvio que todo esse dinheiro só tem fins totalmente desnecessários. Mas se você ganhasse tanto dinheiro assim, não tem como não se corromper. (como sou fraca, Deus). Mas aí você pára e pensa: é um filme sobre a ostentação? É pra me jogar na cara que nunca terei isso na vida? É pra mostrar que o sonho americano acontece para alguns? É só sexo e o cara chapado toda hora? Sim. Entretanto Martin Scorsese, não tem esse nome à toa. O cara sabe fazer filme e sabe tirar todo o clichê que se pode encontrar nesse gênero. O diretor transforma o filme em uma selvageria sem fim. Ele usa técnicas sensacionais para retratar cada ato do longa. Câmera lenta quando há algum personagem drogado, barulho e agilidade nos esctasy de festas, estética televisiva nas propagandas de Jordan para a tv () e além dos inserts sempre na hora certa. Um dos pontos mais interessantes é quando Leo vem e fala com o espectador, nos explicando o porquê da história, sendo o narrador em plena ação do filme. Transformando a platéia em seus ouvintes. A quem ele também quer conquistar. O personagem não se considera um cara de sorte. Ele simplesmente criou as suas oportunidades. O que é verdade. Vemos cada conquista de Jordan Belfort. E também vemos suas quedas.

Leo DiCaprio dá vida a um Jordan Belfort que ninguém mais poderia criar. Leo passa de sujeito ingênuo da classe média ao arrogante e convencido magnata que pode ter tudo e todos. Não sei se é pelo histórico do ator, paixonite de fã, mas nós simplesmente adoramos o personagem. Até torcemos para que ele fuja do FBI e seja feliz com sua mulher, filhos, carros e cavalos. Talvez toda aquela lábia que ele nos lança na introdução do filme, faça com que criamos uma simpatia por Belfort que acaba nos comprando, assim como um dos seus clientes. Ele apresenta todas as suas faces superando seus limites e sem medo de ser julgado.

Donnie (Jonan Hill) também não tem medo de ser feliz aqui. É o parceiro loucão de Belfort, que o apresenta e seduz para o lado negro das drogas. Este que protagoniza a maioria das cenas hilárias e também é o mais “son of a bitch” da turma. Jonan Hill, mesmo tendo este personagem escrachado, também mergulha de cabeça nesta produção que corre na luta por uma estatueta no Oscar. (Em vão, infelizmente). Matthew McConaughey aparece apenas alguns minutos do longa, mas o suficiente pra deixar sua marca no filme. E principalmente, deixando sua marca em Belfort.

Aqui tanto DiCaprio e Scorsese produzem um filme sem se preocupar com as opiniões conservadoras. Ele não vangloria o estilo de vida que o poderoso Belfort leva. É apenas o ritmo que o filme leva que o deixa simplesmente irresistível. Não assisti toda a filmografia do grande Scorsese e nem posso analisar mais a fundo o seu trabalho, mas com certeza O Lobo de Wall Street é um dos seus melhores filmes.

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