No verão de 1956, o jovem Colin Clark, vindo de Oxford em busca de sucesso na indústria do cinema, trabalhou como assistente no set de filmagem de O Príncipe Encantado. Esta produção reunia duas grandes estrelas, Sir Laurece Olivier e Marilyn Monroe, que estava nesta época em lua-de-mel com seu novo marido, o dramaturgo Arthur Miller. Fonte: Adoro Cinema
Depois de quase um ano após seu lançamento no Brasil, finalmente me rendi ao filme de Simon Curtis, Sete dias com Marilyn. Colin Clark (Eddie Redmayne) abandona a rica família britânica para se aventurar na sua maior paixão, o cinema. Determinado, consegue uma vaga de terceiro assistente do diretor, Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh), no filme O príncipe encantado.
Baseado nas mémorias do próprio Colin, o filme nos leva a conhecer a eterna estrela de Hollywood, Marilyn Monroe (Michelle Williams). A história é contada através do seu ponto de vista que nos conta a verdadeira versão do que aconteceu por trás da produção londrina do único filme que Marilyn fez fora de Hollywood.
A estrela que ninguém entendeu na época, a instável que precisava de um amigo, a atriz insegura que queria fugir dos padrões que ela mesma criou para si. Michelle Williams interpreta Monroe de um jeito que ninguém mais conseguiria, tornando-a doce, cativante, frágil e acima de tudo, sensualmente inocente. Do mesmo jeito que Clark se apaixona pela atriz, nós também estamos envolvidos pelo seu charme único. Monroe por Williams, rouba a cena e também nossos corações.
O filme nos mostra o ódio e o amor que Laurence Olivier sentia por Marilyn. Talvez até o traumatizando tanto que Olivier só voltou a dirigir um filme nos anos 70. Seu pequeno envolvimento com a moça dos figurinos, que de tão insignificante que foi, tanto com Colin quanto para o filme, que só lembro que foi Emma Watson que a interpretou. Mesmo Eddie Redmayne sendo o principal, não dá para tirar os olhos de Michelle Williams, que com certeza, nasceu para esse filme.
Já existiram tantas produções querendo mostrar o quão infeliz foi Marilyn Monroe. Sua má sorte com homens, seu esforço por seu reconhecimento profissional, seu medo de ser abandonada, sua vontade de amar e ser amada. Em Sete dias com Marilyn, nos mostra tudo isso sem exageros e com a delicadeza que Monroe gostaria que fosse.