Os Miseráveis (2012)

os miseraveisAdaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert. Fonte: Adoro Cinema

Não é de hoje o meu fascínio por musicais. Seja na televisão ou no cinema. Infelizmente não realizei o meu sonho de assistir um musical na Broadway, mas um dia eu chego lá. Os miseráveis, de Tom Hooper (O discurso do rei) foi um dos meus desejos finalmente concretizado. Nunca tinha assistido uma versão da história de Victor Hugo, apenas tinha lido o livro. A propósito, a edição que li, foi muito satisfatória. Além de moderna, foi um dos meus recordes de leitura.

A história começa com a saída de Jean Valjean (no longa, interpretado por Hugh Jackman) da prisão, onde ficou por 19 anos, por ter roubado um pão e uns adicionais por tentar fugir. Ao longo da vida é perseguido pelo policial Javert (Russel Crowe), obcecado por seu trabalho, tem implicância com o coitado do Valjean o filme inteiro. Graças a bondade de um padre, Jean Valjean radicaliza com sua vida. Depois de uns bons anos, este vira empresário e prefeito de uma pequena cidade. Em sua pequena fábrica, conhece Fantine (Anne Hathaway) pobre e mãe solteira, trabalha pra sustentar sua filha Cosette (futuramente interpretada por Amanda Seyfried) que está sob cuidados dos trambiqueiros Madame (Helena Bonham Carter) e Monsiuer Thénardier (Sacha Baron Cohen). Por ser sentir culpado pela desgraça na vida de Fantine, Jean Valjean promete cuidar de sua filha. E a partir daí é uma nova aventura a cada cena. Seja pra proteger Cosette, fugir de Javert e ajudar os rebeldes na barricada. Com um tempinho para cantar entre uma ação e outra.

O longa conta com mais de duas horas de duração sem diálogos, apenas canções, que foram cantadas ao vivo durante suas filmagens. Quebrando a regra dos musicais de Hollywood e também inovando, pois a produção aposta no elenco que não tem experiencias no mundo musical, ainda mais ao vivo. Amanda Seyfried, Helena Bonham Carter e Hugh Jackman são os únicos que tem passados em musicais (que eu saiba), mas não em uma experiência como essa. Claro que houve um conserto aqui e ali na pós-produção, mas não vamos desmerecê-los.

O elenco de Les Mis se entrega por inteiro durante todo o filme. O destaque, fica obviamente, com Anne Hathaway. Mesmo que sua participação não passe mais que trinta minutos, vale a pena cada segundo de sua perfomance. Merecendo seus últimos prêmios no SAG AWARDS e no Globo de Ouro. E o Oscar, claro.
Hugh Jackman foi o que mais me surpreendeu e me fez ter grande simpatia por ele. De miserável a grande herói na vida de todos, como não virar fã do Wolverine cantando??? Vou confessar que o romance de Cosette e Marius (Eddie Redmayne) enche um pouquinho. Tive uma antipatia pelo guri, não sei porque.

Tom Hooper acertou em cheio com Os Miseráveis. Seja pelo elenco, com sua direção e visualmente, nos deixou mais crentes da sua Revolução Francesa. Tá, confesso que não seria necessário sua longa duração com tanto sentimentalismo e demora pelo seus acontecimentos, mas esta obra não deixa de ser uma obra prima.

Só os fortes aguentam, Les Misérables.